Hoje fomos ao Cre ouvir a história contada pelos alunos do 1º ciclo da turma do 3º ano da professora Dora
a autora
Júlia Donalson e Alex Shiffler
Editado pela VERBO
Júlia Donalson e Alex Shiffler
Editado pela VERBO
HISTÓRIA PARA RECORDAR EM FAMÍLIA
- Nenhum grufalão deve entrar na floresta escura.
- Porque não? Porque não?
- Porque vem o Grande-Rato-Mauzão e come-te…
- Como é ele papá?
- Já não me lembro bem, vi-o uma vez e fugi sem parar
O Grande-Rato-Mauzão tem uma força notável.
E a sua cauda cheia de escamas é interminável.
Os olhos parecem lagos de fogo, horríveis.
E os bigodes mais duros que arame, são terríveis.
Mas uma certa noite, em que lá fora a neve caía.
O Grufalão roncava e a Filha não dormia…
A Filha do Grufalão também valente se sentia.
Por isso, pé ante pé, deixou a caverna do Grufalão.
A neve caía e o vento assobiava medonho.
A filha do Grufalão entrou na floresta – não foi sonho.
- Ah! Oh! Um rasto na neve que cai! De quem é e para onde vai?
Uma cauda saía dos toros junto ao chão. Seria a cauda do Grande-Rato-Mauzão?
A criatura deslizou cá para fora. Os olhos eram pequenos e os bigodes, nem vê-los.
- Tu não és o rato?
- Eu não. Mas ele está aqui ao pé a comer grufalão em puré.
O vento assobiava medonho e a neve caía sem parar, mas a Filha do Grufalão dizia:
- A mim não hão-de assustar.
- Ah! Oh! Marcas na neve! De quem são estas marcas de garras e para onde vão?
Dois olhos brilhavam no cimo da árvore. Seriam os olhos do Grande-Rato-Mauzão?
A criatura voou até cá abaixo.A cauda era pequena e os bigodes, nem vê-los.
- Tu não és o rato!
- Uh, uh! Eu não. Mas ele está aqui ao lado a comer grufalão assado.
O vento assobiava medonho e a neve caía sem parar, mas a Filha do Grufalão dizia:
- A mim não hão-de assustar.
- Ah! Oh! Pegadas na neve! De quem são e para onde será que vão?
Hummm!… Bigodes e uma toca no chão. Será esta a casa do Grande-Rato-Mauzão?
A criatura veio cá para fora, mas os seus olhos não eram horríveis,
A cauda não tinha escamas e os bigodes, não eram terríveis.
- Tu não és o rato!
- Eu não. Mas ele está aqui no mato a beber chá de grufalão.
- Isto é uma partida. Eu não acredito no Grande-Rato-Mauzão.
Mas olha quem vem a sair do buraco? Não é grande. Não é mauzão. Mas é um belo rato.
- Hum , que bem deves saber no meu prato.
A Filha do Grufalão agarrou, logo, o rato para o comer.
- Espera! Antes de me comer, o meu amigo devias conhecer.
- Deixa-me subir àquele ramo que logo o chamo.
É tão mau e tão grande que só acreditas depois de o veres.
- Deve ser o Grande-Rato-Mauzão. Ele existe, afinal.
O Rato subiu a um ramo. A Lua estava cheia e uma sombra terrível desenhou-se no chão.
- Ahhhh!
- É o Grande-Rato-Mauzão…
O ratinho sorriu e saltou para o chão.
- Ah! Oh! Marcas na neve! De quem são estas pegadas e para onde vão?
As pegadas iam até à caverna do Grufalão.
Onde já estava a Filha do Grufalão deitada ao lado do pai.
E o Grufalão roncava, roncava e roncava.
Sem comentários:
Enviar um comentário