24/02/11

Plano Nacional de Leitura - História Tradicional Portuguesa - O Macaco de Rabo cortado


Era uma vez um macaco que queria ir para a escola, mas todos os meninos faziam troça dele. Ele resolveu ir ao barbeiro para lhe cortar o rabo. O barbeiro perguntou se ele tinha a certeza. O macaco respondeu que sim. No outro dia, chegou à escola e os meninos riam-se dele por ter o rabo cortado. Ele resolveu ir ao barbeiro buscar o seu rabo, mas este já tinha ido no camião do lixo. Então levou – lhe a navalha e fugiu a correr com ela. Encontrou a senhora peixeira. Esta viu que ele levava uma navalha e pediu-lha. O macaco deu-lha, pois com as mãos a abanar é que sabia bem passear. Começou a sentir fome e para descascar uma maçã, quis a navalha. Chegou à senhora peixeira e pediu a navalha, mas a navalha já estava partida. Então levou o cesto das sardinhas e fugiu com ele. Viu o senhor padeiro e este que era muito esperto, logo se ofereceu para guardar o peixe e fez um pãozinho de peixe delicioso. O macaco pensou melhor e o peixe dava-lhe jeito para comer ao jantar. Resolveu ir buscá-lo ao senhor padeiro. Mas o padeiro já tinha comido, então levou-lhe a farinha. Ia pelo caminho encontrou a senhora professora que lhe pediu a farinha para fazer uns bolinhos. Ele pensou melhor e resolver ir buscar a farinha para fazer o bolo da receita que lhe deram. Mas a professora já tinha a farinha gasta. Então levou – lhe uma menina. A menina começou a chorar e ele foi levá-la à mãe. Quando chegou, viu a casa tão desarrumada e pensou que a menina podia ajudá-lo, mas quando foi buscar a menina, a mãe não lha deu e então levou – lhe a camisa do marido. No caminho, encontrou um violeiro, que lhe pediu a camisa e ele deu-lha. O violeiro foi para casa vestir a camisa mas ela rompeu-se. Sempre arrependido, o macaco queria a camisa para ele e foi a buscá-la, mas a camisa tinha –se rompido e ele roubou a viola .
Subiu para cima de uma árvore e cantou " De rabo fiz navalha, de navalha fiz sardinha, de sardinha fiz farinha, de farinha fiz menina, de menina fiz camisa, de camisa fiz viola tum-tum-tum que eu vou p'ra Ângola " Lá em baixo as pessoas resmungavam contra ele

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